Continuando a falar sobre o sul da França, vamos para o nosso quarto dia da nossa viagem express. Digo express porque 6 dias ainda é pouco para explorar todo esse cantinho.
Saímos de St Tropez e fomos para Nice, que foi nossa cidade base por 3 noites. Pelo mapa dá pra ver como é tudo bem pertinho e estar de carro nos facilitou muito (ponto positivo de estar com carro é esse, não depender de horário de ônibus nem de trem, mas em contrapartida ter que parar nos milhões de pedágios e sempre estar procurando por um estacionamento perto do centro).
Roteiro
Dia 1 – Marseille
Dia 2 – Dia em Cassis, tarde/noite Marseille
Dia 3 – St Tropez
Dia 4 – Dia em Cannes, tarde/noite Nice
Dia 5 – Dia em Monaco, tarde/noite Nice
Dia 6 – Nice
4 – Cannes
Podemos dizer que conhecemos Cannes durante o 71 Festival de Filmes de Cannes, que ocorreu entre os dias 8 até 19 de maio de 2018. Olha que maravilha! Realmente, a cidade estava em clima total de festa e uma delícia.
Vimos turmas e turmas de estudantes de cinema em frente ao portão do festival com placas ‘Me convida’ ‘Me leva como seu +1’, esperando para ter uma chance de participar do festival e deu pra perceber como o festival é um dos mais famosos da Europa e do mundo.
Nesse ano de 2018, o filme espanhól com Penélope Cruz e Javier Bardem abriu o festival e eu fui logo ver no cinema! O filme se passa em torno de uma grande família espanhola que tem um de seus membros sequestrados e conta o desenrolar dessa história (estou tentando não dar muito spoiler). O filme é lento, então se você está acostumado com muita ação talvez esse não seja uma boa recomendação, mas a história e o final são interessantes.
Cannes Festival de Filmes
Que delícia foi passear pelo Palais des Festivales enquanto estava rolando o Festival. Acredita que nesse mesmo dia Neymar e Bruna Marquesine estavam por lá também? Pena que não os vimos!
Old town
A Old town de Cannes é muito pequenina e tem uma vista muito linda da cidade. Em cima tem-se um pequeno castelo medieval construído no século XII que costumava defender a baía que hoje é o museu ‘Musée de la Castre’, com obras doadas a mais de 100 anos de todo lugar do mundo. Nós não entramos, mas li reviews dizendo que vale a pena.
A cidade
Ah a cidade de Cannes… Por onde começar? A boulevard/ Promenade/ praia principal La Croisette, a rua de shopping Rue d’Antibes, a parte oeste da cidade Le Suquet, o mercado delicioso e muito famoso na Marché Forville (todo dia, menos na segunda-feira), o porto Vauban e Le Nomade… Cada cantinho da cidade é apaixonante e não dá vontade de sair de lá.
O que não fizemos por falta de tempo mas que com certeza voltarei para fazer foi visitar as ilhas Lérins perto da cidade. Em apenas 15 minutos de ferrie você se encontra na Ilha Sainte-Marguerite, que além de ter praias lindas e sossegadas também tem seu antigo forte do século XVII que era encarregado de manter prisioneiros (como o famoso filme ‘o homem com a Máscara de ferro’ com Leonardo di Caprio).
Também pode-se visitar a Ilha Saint-Honorat, que tem uma pegada bem diferente da sua outra ilha vizinha por conta do seu mosteiro fundando no ano 410, que hoje é conhecido como produtor de vinho e mel.
5- Mônaco
Falando um pouco da sua história: o Principado de Mônaco nada mais é que uma cidade-estado independente do Sul da França e é o segundo menor Estado do mundo (fica atrás somente do Vaticano). A cidade foi fundada por volta de 1297 pela Dinastia de Grimaldi – família nobre de origem Genovesa e é governada por ela até hoje.
A minha primeira impressão da cidade foi que ela foi construída a força. Ela foi crescendo para cima, sabe? O espaço plano foi acabando e eles foram inventando para manter a cidade em crescimento. Incrível. Sobre a logística da cidade para andar a pé os turistas tem que subir e descer escadas e rampas durante o passeio e se estiver de carro vai se preparando para entrar em milhões de túneis. Mas apesar da cidade em si ser muito pequetita, ela é muito completa (vale ressaltar que eu fiquei impressionada em como a cidade estava limpa também).
O Grand Prix
Falar de Mônaco é falar do famoso Grand Prêmio de Fórmula 1, né? E apesar de não termos ido no dia em que o Grande Prêmio estava acontecendo, nós fomos sortudos o bastante para conseguir ver o Grande Prêmio Histórico de F1, que são corridas com os carros antigos que já participaram da F1.
O barulho dos carros correndo pelo Circuito de Mônaco é muuuito alto e muito impactante. Eu não imaginava que era algo assim. A cidade toda parou para acompanhar a corrida histórica que estava acontecendo nos dias 11-12 e 13 de maio de 2018. Os ingressos, em geral, estavam com um preço muito mais acessível do que o normal (o ingresso mais barato começava em 50 euros).
O famoso circuito de Mônaco:
A cidade
A cidade em si vive de turismo! Além do circuito do Grande Prêmio, a cidade tem muito mais o que oferecer. Similar com o porto de Saint-Tropez, aqui você também fica boquiaberto (a) com o tamanho dos iates atracados.
Depois de passear pela cidade, visitamos os dois pontos turísticos mais importantes: o Castelo do Príncipe de Mônaco e o Cassino de Monte Carlo. Infelizmente por conta da corrida não podemos entrar nos jardins do Cassino.
Tirando seus pontos turísticos mais famosos, a cidade tem muito mais a oferecer: ruas lindinhas, restaurantes bons, transporte público acessível (pegamos um ônibus para ir do Castelo do Príncipe de Mônaco para o famoso Cassino de Monte Carlo que nos custou 2 euros por pessoa)… tudo impecável.
O restaurante
Depois de passear por Mônaco, resolvemos ir em direção a Êze (cidade medieval lindinha) para comer. Procuramos rapidamente no Trip Advisor e encontramos o restaurante La Campagne , que sai totalmente dos padrões de uma viagem para o Sul da França, mas que não nos decepcionou (pelo contrário) em questão de qualidade e sabor de comida .
O dono do restaurante é o famoso faz tudo. Sem ninguém para ajudá-lo, ele mesmo preparou um cordeiro para toda nossa família, acompanhado com batatas cozidas e nos serviu. Me lembro quando fomos pedir o menu e ele respondeu “Eu sou o Menu” hahaha. O lugar fica bem no meio do nada, no meio das montanhas de Éze, mas não vai esperando luxo.
A vista do restaurante:
6 – Nice
Aaaah Nice… Acho que deixei o melhor para o final. Que cidade maravilhosa! Em todos os sentidos! Uma cidade relativamente grande (a quinta mais populosa da França com cerca de 1 milhão de pessoas) mas impecável em questão de beleza natural e cuidado à cidade.
Começamos a nos apaixonar pela cidade logo quando andamos pela Promenade des Anglais, a orla. Aproveitar para curtir o sol em um dos restaurantes à beira da praia é uma boa dica para sentir a vibe de Nice. Lembrando que se quiser almoçar/jantar sentado(a) no restaurante tem que se vestir adequadamente (meninos e meninas sem saída de praia/sem camisa não entram).
Aproveitamos um pouquinho para curtir essa praia, afinal, o tom de azul estava nos chamando!
Passear pelo centro histórico está sempre no roteiro. Nesse caso passeamos pela Vieille Ville, curtimos andar pelas ruas das lojas e infelizmente pegamos um pouco de chuva (acontece!) mas que mesmo assim não nos impediu de continuar passeando.
Escolhemos o restaurante do hotel Le Meridien em frente à orla para podermos curtir ainda mais essa vista. A comida estava boa, não foi uma das nossas refeições favoritas, mas valeu a pena pelo visual. Recomendo ir para uns drinks no happy hour com certeza =)
Infelizmente por conta do tempo não conseguimos visitar o Parc de la Colline du Château, que também estava no roteiro, mas tudo bem. Nosso plano B foi fazer umas comprinhas, o que é um ótimo plano B! hahah
Tirando praia, restaurantes bons, centro histórico lindinho, a cidade tem muito mais o que oferecer: o Museu Marc Chagall e o Museu Masséna (para quem é fã de museu), Catedral de Nice (porque toda cidade europeia tem uma mais linda que a outra), Mercado Cours Saleya (todos os dias, menos Segunda, com os alimentos frescos locais), Monastério de Cimiez e muito mais…
Espero ter conseguido passar um gostinho de como foi viajar por essas cidades lindas em um jeitinho express. Eu, com certeza, fiquei com gostinho de quero mais e pretendo voltar.
Beijinhos,
Paulinha